Póvoa de Lanhoso: jovens voluntários de olhos postos na floresta

Os dois jovens que estão de vigilância à floresta do alto da freguesia de Oliveira, concelho da Póvoa de Lanhoso, deram ontem o alerta para um pequeno incêndio que deflagrou na freguesia de Taíde.


Esta e outras ignições têm sido detectadas pelos 32 jovens que, este ano, no concelho povoense, participam no programa de ‘Voluntariado Jovem para as Florestas’, uma parceria do Instituto Português da Juventude (IPJ), da Autoridade Florestal Nacional (AFN) e das autarquias.

Um programa que “tem dado resultados” como confirma o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel José Baptista, que ontem visitou os postos de vigia onde os jovens ‘gastam’ algum do seu tempo livre a proteger a floresta.


A visita de ontem contou ainda com a participação do vereador da Protecção Civil da autarquia povoense, Armando Fernandes da responsável do Gabinete Técnico Florestal (GTF) local, Manuela Freitas, e do delegado norte do IPJ, Vítor Dias.

‘Póvoa vigiada, Póvoa protegida’ é o lema do projecto que, no concelho da Póvoa de Lanhoso, já vai na sua sexta edição.
O delegado do IPJ apontou a Póvoa de Lanhoso como um “município exemplar” no que toca ao Voluntariado Jovem para as Florestas.
No distrito de Braga, o programa irá envolver, este Verão, en
tre 300 a 400 jovens, avançou Vítor Dias.

É que só em meados de Agosto é que os projectos vão ser avaliados e serão aprovadas as candidaturas para Setembro.
Também o representante do IPJ na região norte atesta que “onde existem jovens há menos deflagrações e, quando as há, são atacadas mais atempadamente”.

Apesar dos cortes em resultado da crise económica, Vítor Dias espera que o programa não termine, pois é uma acção de voluntariado - para a qual os jovens estão disponíveis - que tem também uma vertente de formação e educação ambiental.

Prova disso são os jovens que, todos os anos, se mobilizam para vigiar a floresta do concelho e aprendem a preservar este património.
Rui Silva e Francisca Freitas, ambos de 19 anos, ocupam as tardes no posto e vigia do Castelo de Lanhoso, desde 16 de Julho.

Estão pela primeira vez no programa e já deram dois alertas de incêndio.
O presidente da Câmara espera que, em Setembro, possam acolher mais jovens.
Manuel Baptista até defende que “para ser um trabalho efectivo, até deveria ser 24 horas por dia” e todo o ano.

Para o autarca, o número de incêndios depende muito do cuidado e do civismo dos cidadãos. Por isso, deposita esperança nas gerações mais jovens, os mesmos que agora estão de olhos postos na floresta.

26-07-11 - Correio do Minho

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